terça-feira, 13 de julho de 2010

SAUDAÇÃO AOS MEMBROS DA XI ASSEMBLEIA GERAL

SAUDAÇÃO AOS MEMBROS DA XI ASSEMBLEIA GERAL

“Há um momento para tudo”


Não estou muito seguro das razões para vos propor este texto sagrado. Aliás, dos vários que pensei para início desta assembleia, este nem sequer me ocorreu. Mas durante o retiro casualmente abri neste trecho e senti interiormente que estas palavras respondiam em muito ao porquê desta assembleia.
“Há um momento para tudo e um tempo para todo o propósito debaixo do céu”. A Sociedade Missionária apresenta uma linda história de 80 anos. Em cada dia novas páginas se acrescentam a esta história. Hoje inicia os trabalhos da XI Assembleia Geral. É este o momento e o lugar para avaliarmos, reflectirmos e rezarmos em conjunto. Esse tudo que somos e fazemos assume-se como substrato, que depois de crivado e limpo, oferecemos a Deus. E o que neste momento podemos oferecer? Sem dúvida que muito, muito na vida doada, na obra feita, no sofrimento assumido e na esperança semeada. Muito nos juramentos e ordenações. Muito no irmão que sofreu e que ressuscitou em Cristo. Não sei se todo o devir e o sentido deste tempo de graça está plasmado aqui. Entendo que se por aqui passarmos, se nos deixarmos envolver pela força ritmada da força destes verbos, a nossa assembleia atingirá seus fins. Não será missão o início de um novo tempo? Não será assembleia um sinal de novos tempos? Não será que a nossa presença aqui representa em gérmen a certeza de um novo tempo?
No início desta assembleia gostaria de saudar cada um de vós, vigário geral, superiores regionais, delegados, delegado dos irmãos. Alegra-me ver que assumis esta tarefa com dedicação e seriedade com que sempre incutis aos vossos trabalhos. Faço votos que a vossa presença, intervenção e colaboração resulte para todos e para cada um de vós num momento de enriquecimento comum. Saúdo também quem pela 1ª vez participa numa assembleia geral. Faço votos que durante estes dias possais crescer no amor à sociedade através do conhecimento mais profundo da vida da sociedade. Sejam todos bem vindos.
Compete a própria assembleia traçar a sua própria agenda. Após a leitura e reflexão em torno dos diversos relatórios identificarmos pontos que devem merecer de nossa parte uma atenta e profunda reflexão. Devo dizer que os relatórios das regiões trazem propostas interessantes para aprofundamento. Apesar disso e sem querer pôr em causa a soberana autoridade da assembleia, e tendo em conta outras minhas comunicações e de algum modo o sentir dos membros, importa para o bom funcionamento e eficiência da assembleia identificar alguns temas que pela sua natureza e repercussão no todo institucional serão nucleares para o nosso tempo futuro. Ouve-se à boca cheia que há um certo cansaço na produção de tantos documentos em contrapartida com um grande deficit de cumprimento dos mesmos.
Por último, queria manifestar o meu agradecimento aos membros que me acompanharam ao longo destes anos na direcção geral. Não encontro na história do instituto outra direcção geral sujeita a tantas vicissitudes, desde logo na forma como fui nomeado, passando por momentos mais difíceis como foi a perda do nosso estimado irmão Pe Viriato. Se houve algum mérito na nossa acção, deve-se a eles que pela sua presença regular nas reuniões e na discussão séria dos problemas que enfrentamos, pelo seu conselho que sempre estimei e pela expressa boa vontade em servir o instituto completaram em mim aquilo que à priori era desvantagem: a minha falta de sabedoria e de experiência. Agradeço também a todos os centros missionários, superiores regionais, ecónomos, a todos os membros pela confiança, amizade e oração que por mim fizeram. Peço desculpa por tantas e tantas vezes que não estive a vosso lado e me apresentei de uma maneira mais rude em gestos e palavras. Dou graças a Deus por esta experiência de confiança que depositaram em mim. Sinto que cresci como sacerdote e como missionário e com muito carinho pela sociedade.
É desta forma simples e alegre que começámos os nossos trabalhos. Que ao longo destes dias haja entre todos nós um espírito forte para reflectirmos e programarmos nosso querido instituto. Confiemos ao Senhor da Messe nossos trabalhos por intercessão da nossa Mãe do Céu, Nossa Senhora da Boa Nova, Rainha das Missões.

Lisboa, 12 de Julho de 2010

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